As últimas 24 horas reforçam a mudança de fase: controle de “gateways” de plataforma, planejamento de compute em gigawatts e integração modelo+silício+sistema passam a definir vantagem competitiva.

A UE investiga se a Meta usa o controle de bots do WhatsApp e da WhatsApp Business API para restringir a entrada de provedores de IA de terceiros. Em paralelo, a Meta desenvolve o “Mango”, um modelo unificado de imagem e vídeo.
Comentário:
A partir de 15 de janeiro de 2026, a Meta pretende impedir que IAs generalistas de terceiros (como ChatGPT e Copilot) ofereçam funções centrais via WhatsApp Business API, permitindo apenas usos “assistivos” (consulta de pedido, alerta de voo) e promovendo fortemente o Meta AI. O argumento de “estabilidade” e “intenção do API” é conveniente, mas a leitura estratégica é clara: capturar o ativo mais valioso — o tráfego conversacional — para dentro do próprio ecossistema. A investigação da UE não soa exagerada.
Sobre o Mango: é um modelo para uso interno (criativos de anúncio, Reels, ferramentas para creators) ou vai ao mercado? Se for externo, exige ecossistema e entrega; se interno, pode ser a peça que faltava para transformar IA em produto com impacto real.
A OpenAI poderá receber até 6 gigawatts de capacidade em chips AMD, indicando que o planejamento de fronteira entrou na era da restrição energética.
Comentário:
Diversificar além da NVIDIA é tanto sobre preço quanto sobre risco de supply e cronograma. Se a AMD garantir fornecimento estável e um stack de software realmente utilizável, a OpenAI ganha poder de barganha em custo, prazo e alocação. O objetivo não é “substituir a NVIDIA”, e sim viabilizar um segundo caminho escalável para cargas críticas.
Em escala de 6GW, isso pode significar implantação de centenas de milhares de GPUs no horizonte — e aí a disputa deixa de ser só chip: passa a ser padrão de plataforma, tooling e trajetória do desenvolvedor.
Quem será o próximo grande comprador a mirar a AMD com essa seriedade?
O Genesis Mission AI busca ampliar a liderança dos EUA via infraestrutura e P&D em nuclear, quântica, biologia e materiais.
Comentário:
O plano aponta para investimento de mais de US$120 bilhões em 5 anos, com cerca de 60% voltado a compute e P&D de modelos. A NVIDIA lideraria pelo menos 7 novos supercomputadores de IA. Isso é “lock-in” estrutural: a NVIDIA se torna parte do backbone de ciência estratégica nacional.
O foco não é chatbot maior, e sim vantagem sustentável em domínios de alta barreira. Se a execução avançar, é um impulso de longo prazo para a NVIDIA.
Rohit Prasad deixa a vice-presidência de AGI no fim do ano; o especialista em RL Pieter Abbeel assume. A Amazon também integra AGI com times de chips e computação quântica.
Comentário:
A mensagem é que a Amazon quer AGI menos como “laboratório de modelos” e mais como motor de agentes e integração de sistemas. Com custos de treino e inferência limitados por energia e supply chain, vencerá quem coevoluir chip, rack, rede e scheduling junto da estratégia de modelos.
Quântica é uma opção de longo prazo. Colocá-la na mesma estrutura não garante avanços imediatos, mas evita que o time vire uma ilha e mantém a exploração conectada ao orçamento de IA.
Isso vai gerar produtos realmente diferentes na AWS, ou é uma normalização diante da competição?