O ecossistema global de IA acelerou mais uma vez. Nvidia apresentou resultados muito acima das expectativas, reforçando sua hegemonia em computação; a TSMC registrou a maior receita mensal de sua história impulsionada pela demanda de IA; e o Gemini 3 Pro da Google alcançou avanços estruturais em matemática, código e compreensão multimodal — áreas centrais da próxima geração de AGI.
Três acontecimentos diferentes, mas conectados por uma mesma força motriz: a corrida global por poder computacional.

A Nvidia registrou receita de US$ 57,01 bilhões no 3º trimestre fiscal de 2025, um crescimento anual de 62% — acima da expectativa de US$ 55,19 bilhões.
A receita de data centers atingiu US$ 51,2 bilhões (+66% YoY), confirmando-se como o principal motor de crescimento.
Os chips Blackwell continuam em oferta extremamente limitada, e a escassez deve persistir por vários trimestres.
As vendas do chip H20 — versão limitada para atender às regras de exportação dos EUA — foram de apenas US$ 50 milhões, e a empresa expressou “decepção”.
Análise:
A Nvidia entregou mais um trimestre de “supremacia em IA”. A escassez contínua do Blackwell mostra que a demanda por computação ainda está longe do pico, enquanto a empresa mantém controle absoluto sobre a cadeia de suprimentos.
Gigantes como AWS, Microsoft, Meta, xAI e Anthropic continuam aumentando seus pedidos.
O fraco desempenho do H20 indica o impacto marginal das restrições de exportação — e também que empresas chinesas estão acelerando alternativas locais.
Nvidia segue à frente, mas o equilíbrio global de computação está começando a se mover.
A TSMC reportou receita consolidada de NT$ 367,473 bilhões em outubro de 2025 — um crescimento de 16,94% YoY e o maior valor mensal já registrado pela empresa.
O aumento foi impulsionado pela forte demanda por servidores de IA, embalagens avançadas e processos de 3nm e 2nm.
Análise:
A TSMC deixou de ser apenas uma fundição cíclica para se tornar a “espinha dorsal da infraestrutura global de IA”.
Blackwell (4NP), AMD MI300X (4nm/5nm), Apple A18/M4 (3nm) e SoCs premium de Qualcomm e MediaTek — todos dependem da TSMC.
Atualmente, a empresa não enfrenta concorrência significativa em nós avançados.
Com a explosão da demanda por IA, sua taxa de utilização e receitas podem continuar batendo recordes.
O Google Gemini 3 Pro obteve um Elo de 1501, estabelecendo um novo recorde em avaliações abrangentes de modelos.
Ele alcançou 100% de precisão no AIME 2025 (modo de execução de código) e 23,4% no MathArena Apex — onde concorrentes costumam ficar abaixo de 2%.
Na multimodalidade, atingiu 72,7% de precisão em compreensão de capturas de tela e uma taxa de erro de apenas 0,56% em manuscritos do século XVIII.
Análise:
O salto do Gemini 3 Pro não é apenas incremental — ele avançou em pilares fundamentais da próxima geração de AGI: raciocínio matemático, execução de código e compreensão multimodal.
Essas capacidades aproximam o modelo de um “assistente profissional” e de agentes executáveis.
Com isso, a Google volta ao centro da narrativa tecnológica frente a GPT-5, Claude e DeepSeek.
É um movimento que redefine o equilíbrio competitivo em modelos de fronteira.
Para acompanhar as últimas tendências em IA, acesse:
https://iaiseek.com/pt
Principais acontecimentos das últimas 72 horas: