Nas últimas 24 horas, o panorama global de IA voltou a mudar de forma significativa:
Buffett adicionou bilhões à sua posição na Alphabet,
a Intel reconheceu publicamente que perdeu a corrida da IA,
e a Meta apresentou o WorldGen — um sistema capaz de gerar mundos 3D completos a partir de um único comando de texto.

Esses três eventos destacam três forças estruturais que moldam a IA em 2025: o deslocamento do capital baseado em valor, a reconfiguração da cadeia de suprimentos e a ascensão dos mundos virtuais gerados por IA.
A Berkshire Hathaway comprou US$ 4,3 bilhões em ações da Alphabet no terceiro trimestre de 2025, tornando-a uma das dez maiores posições do portfólio — o maior movimento em tecnologia desde o investimento histórico na Apple.
Comentário:
A decisão de Buffett é um sinal poderoso. A Alphabet combina três fontes de receita altamente previsíveis: publicidade, busca impulsionada por IA e Google Cloud.
Com um P/L em torno de 22, a empresa é avaliada bem abaixo de Microsoft e Nvidia, oferecendo a “margem de segurança” que investidores de valor procuram.
Isso não é apenas diversificação — é uma declaração pública de confiança na resiliência da Alphabet em um mundo liderado por IA.
O CEO da Intel, Pat Gelsinger, reconheceu abertamente que a empresa ficou para trás na corrida da IA e anunciou uma nova estratégia centrada em se tornar um “pilar da cadeia global de suprimentos de IA”.
Comentário:
A dependência da Intel em CPUs + otimização por software fez com que a empresa subestimasse a revolução trazida por GPUs, NPUs e aceleradores especializados.
Enquanto a Nvidia consolidava desenvolvedores com o CUDA, a Intel ainda promovia o Xeon como solução para grandes modelos.
Atrasos na litografia colocaram o Intel 4/3 duas a três gerações atrás da TSMC, levando gigantes da nuvem a migrar para AMD, Nvidia ou chips proprietários.
Hoje, o poder estratégico da cadeia de IA se resume a:
TSMC + Nvidia + hyperscalers.
Sem recuperar a liderança em processo e custo, é improvável que a Intel retome sua posição dominante.
A Meta revelou o WorldGen, um sistema capaz de criar mundos 3D exploráveis, interativos e com física básica — tudo a partir de uma única instrução textual.
Comentário:
O WorldGen marca a entrada plena da Meta na geração 3D por IA.
Ao contrário de imagens, mundos 3D são essenciais para agentes inteligentes, AR/VR, jogos e a futura infraestrutura do Metaverso.
Zuckerberg parece estar migrando de um “metaverso social em VR” para “mundos virtuais leves gerados por IA”, passando da modelagem manual para a geração baseada em intenção.
Apesar de ainda distante da fidelidade de motores AAA, o WorldGen pode ser o protótipo inicial de uma linha de produção automatizada de mundos virtuais.