Abertura:
As duas notícias de hoje giram em torno do mesmo eixo: o controle do “ponto de entrada padrão”. A Apple quer transformar a melhor IA em nuvem em experiência de nível sistema; a Tesla prova que “produto + software + janela regulatória” pode virar um motor de vendas replicável em um mercado sensível a preço e configuração.

Comentário:
Se a Apple incluir o Gemini no seu ecossistema de parceiros de IA no início de 2026, isso parece um “combo” típico da Apple.
Quando a IA própria não é suficiente em todos os cenários, a Apple integra o melhor modelo externo disponível: no dispositivo, seus modelos fazem o básico e garantem cobertura; na nuvem, as tarefas complexas ficam com a oferta mais forte do mercado—com múltiplos fornecedores para reduzir custo e risco.
Do ponto de vista estratégico, seria uma correção urgente para compensar o atraso histórico da Siri. E não se trata de “terceirizar IA” de forma simples: a Apple tende a optar por integração altamente customizada e com privacidade como padrão, para que vire uma experiência de sistema, não um recurso substituível.
Para o Google, o prêmio é o acesso padrão e pontos de contato de nível OS dentro do ecossistema iOS. O valor comercial para ambos pode ser enorme.
A questão é: essa parceria realmente sai do papel?
Comentário:
Os números confirmam a ascensão da Tesla. Até novembro de 2025, as vendas acumuladas na Coreia chegaram a 55.594 veículos, alta de 95,1% ano a ano—terceiro lugar entre marcas importadas, atrás de BMW (75.411) e Mercedes-Benz (62.060).
De um lado, o governo antecipou 70% dos subsídios de compra de EV de 2025 e flexibilizou restrições para instalação de carregadores, impulsionando a demanda por EVs premium. De outro, o FSD entrou oficialmente no país em 2025; somado ao Model Y Long Range e ao hardware HW4.0, formou-se um pacote “preço + desempenho + inteligência”.
O consumidor coreano é muito sensível a custo-benefício e especificações. Um salto abrupto costuma refletir pricing/financiamento mais agressivos ou uma estratégia de versões mais clara—sinal de que o “modelo de conversão” local funcionou.
O próximo passo é converter volume em lealdade sustentável. O que a Tesla fará em 2026 para sustentar esse ritmo?
Fechamento:
Se a Apple realmente trouxer o Gemini para o nível sistema, a disputa pelo “padrão” de distribuição de IA muda imediatamente. Já o salto da Tesla na Coreia é um teste prático de escalabilidade global de um playbook centrado em software e timing regulatório. Um define o acesso à IA no OS; o outro mede eficiência de expansão no mercado automotivo inteligente.